Todos os anos,
150.000 cachorros são abandonados só na França,
um pais que se vangloria por adorar cães. Imagine o que
acontece no resto do mundo. O abandono de um cachorro pode ser
involuntário (morte do dono, por exemplo) ou imposto por
motivos perfeitamente compreensíveis. Tanto em um caso
como no outro, a melhor solução é confiar
o animal a um orgão de proteção. No entando,
no segundo caso, o proprietário deve saber que renuncia,
a partir daquele momento, a todos os direitos sobre o animal e
que o endereço de um eventual dono adotivo nunca lhe será
comunicado.
Infelizmente, na maioria das vezes, o abandono é voluntário
e completamente injustificável. Em geral, o cachorro, adquirido
quando filhote, deixou de agradar ou se tornou um incomodo. As
situações são quase sempre as mesmas, por
exemplo: o apartamento tornou-se pequeno para abrigar um cão
adulto; mudança para uma nova residência, onde o
proprietário não permite animais; desejo de "partir
tranqüilamente em férias". Nesse último
caso, muitas pessoas levam seus cachorros de carro até
um terreno qualquer, fazem com que eles desçam, e partem
novamente em viagem, sem o cachorro.
Livrar-se de um cachorro dessa forma é extremamente cruel,
pois a saúde mental do animal fica gravemente perturbada
e a readaptação é muito difícil, podendo
ser impossível. O abandono injustificável faz parte
dos "maus tratos e atos de crueldade para com os animais"
e deveria ser punido pela lei, como ocorre em muitos países.
Infelizmente no Brasil ainda não existe uma lei de controle
e proteção de animais domésticos, o que seria
muito importante para o bom funcionamento do saneamento básico
da cidade.
Fonte:
"Cãoselhos" - Revista Primeira Pata - pág.7
- Fevereiro/98
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